quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Alimentação fora do lar da Classe A supera mercado americano



Paula Pereira

O mercado de food service no País cresce a taxas acima de 10% nos últimos anos e, com ele, o hábito de comer fora de casa se torna mais frequente nas famílias brasileiras já superando a média de algumas economias de países desenvolvidos.

 

É o que aponta o estudo "Alimentação fora do lar na visão do consumidor brasileiro", desenvolvido pela Gouvêa de Souza (GS&MD). De acordo com o levantamento, a alimentação fora do lar subiu de 17% para 31,1% das despesas familiares com alimentação. O número ultrapassa a média de 27 países da União Europeia, como Alemanha (20%), França (22%) e Itália (14%).

"A participação é grande. Comparado com países que já têm esse hábito consolidado", diz Fabiana Castro, diretora da GD&MD.

A força do segmento se mostra ainda mais forte na Classe A, onde a participação nas despesas com alimentação supera a média do país do fast food, maior consumidor de alimentos fora do lar. As classes A1 e A2 registraram, respectivamente, uma participação de 49,3% e 42,2%, enquanto os Estados Unidos tem uma média de 42%.

"A despesa dessa classe dedicada a comer e beber fora de casa estar compatível com o grande consumidor do mundo no segmento é realmente impressionante. E isso tende a aumentar no Brasil com a crescente da classe C", aponta Fabiana.

O mercado de food service movimenta atualmente cerca de 181,1 bilhões de reais no País. Na região Sudeste é onde está concentrado o maior percentual do país próximo, com 37,2% da participação nas despesas com alimentação.

O tipo de alimentação fora de casa é bastante variado e abrange todas as refeições do dia, do  café da manhã aos lanches fora de hora.  Entre os critérios de escolha na hora de fazer essa refeição fora do lar a prioridade é o produto (alimento), com 32%. O estabelecimento (19%), o preço (18%), a conveniência (16%) e o serviço (15%), aparece na sequencia como quesitos que mais pesam na escolha.

Delivery e "viagem"

A pesquisa inclui as modalidades de delivery e "viagem" como alimentação fora do lar, uma vez que o produto não é elaborado em casa pelo próprio consumidor. Segundo o estudo, 59% dos entrevistados costumam pedir delivery em casa com a frequencia média de pelo menos uma vez por semana. Já os que levam para viagem representam 69% dos consumidores.

De acordo com Luiz Góes, sócio-sênior da GS&MD, há muitas oportunidades nesse segmento para o mercado de food service. "Delivery é muito forte no Brasil e está crescendo. Os operadores, mesmo os que não atuam nessa área, devem começar a pensar e passar a oferecer esse tipo de serviço", diz.
No delivery, as pizzas lideram o ranking dos alimentos mais consumidos com 86%. Comida chinesa aparece em segundo lugar, com 22%, seguida por hambúrgueres (19%), comida brasileira (8%), comida árabe (7%), cachorro quente (7%), pastel (6%), frango assado (5%).

Fonte: Newtrade

 



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